A Índia, seus fascínios e contrastes


Novela não tem jeito: vira paixão nacional. Se for no horário nobre então... Desde que a novela Caminho das Indias começou a ser exibida pela Globo há algumas semanas, não tem pelo menos um dia que não chega um pedido de orçamento de viagem para a Índia, na 4 Estações... Virou sonho de consumo para muitos turistas. Inclusive meu!!!
Bom... ainda não surgiu uma oportunidade para ir e conhecer pessoalmente. Mas ainda bem que tem gente que já foi. Aproveitando a deixa, li um artigo muito interessante sobre o país no site da Revista Viagem e Turismo. Separei os pontos mais interessantes, descobri umas fotos sensacionais e resolvi dividir com vocês.
Espero que gostem... Bjs e até a próxima!!!



Nada pode ser previsto quando se faz uma viagem à Índia, especialmente a reação de quem a está visitando. Há quem ame e quem odeie! Mas ninguém, ninguém mesmo fica indiferente à complexa combinação de um patrimônio cultural e espiritual de mais de 5 mil anos, com uma modernidade caótica, mergulhada em fumaça, poeira, cheiros fortes, trânsito infernal e multidões inevitáveis, em uma nação com mais de 1 bilhão de habitantes. Um país do tamanho de um continente, que ocupa uma enorme planície isolada do resto da Ásia pela cordilheira do Himalaia.
Sétimo maior país do mundo, a Índia tem solo fértil e rios caudalosos, como o Ganges, considerado sagrado pelos hindus. E o Taj Mahal, o mais extravagante monumento já construído em nome do amor. Nenhum lugar é tão diversificado e contraditório. A economia cresce 7% ao ano e deve tornar-se a terceira do planeta até 2040, segundo algumas previsões. O país concentra a segunda maior população de PhDs do planeta (atrás apenas dos EUA), fornece especialistas em informática para o mundo todo, envia satélites ao espaço e até virou potência nuclear. No entanto, mais da metade de seus habitantes vive na miséria absoluta, que se escancara sem nenhum pudor diante dos visitantes. É justamente essa predisposição para lidar com os opostos e acolher tudo, que assusta quem chega com uma visão idealizada do país na bagagem. Para absorver tudo o que a Índia proporciona, é preciso esquecer o pensamento lógico e se deleitar com suas cores e crenças. Sem a preocupação de explicar o inexplicável.


Comecemos nossa viagem por Nova Dehli – Não dá para ir à India e não passar por sua capital. Tudo bem que o trânsito repleto de motos, caminhões, carros, vacas, algum camelo e as vezes até um elefante levando um noivo para o casamento, dá mesmo vontade de sair correndo. E que experimentar uma multidão que parece não ter fim, passando e passando por você noite e dia, às vezes cansa. Estar em Délhi é como viver em plena Rua 25 de Março, em São Paulo, em sábado próximo ao Natal. Só que todos os dias. Imagina!!! E tendo do seu lado, indianos dos mais diversos tipos, dos engravatados aos de turbante, hinduístas ou muçulmanos, que cravam em você uns olhos negros e penetrantes (muito bonitos!) que parecem vasculhar a alma. Mas isso é a Índia. Portanto, resista ao ímpeto de pegar o primeiro vôo de volta para casa, ou de ida para alguma cidade mais calma, e deixe-se fluir em meio ao caos. Esta é uma cidade com milhares de anos de história. Portanto, não falta o que ver ou comprar, nem onde comer bem ou passear. Com o natural exagero que tudo adquire na Índia, sua capital tem cerca de 60 mil pontos históricos. Fique e aproveite ao menos alguns! O escritório oficial de turismo promove tours diários, caso você não esteja sob os cuidados de uma operadora.


JAMI MASJID - Vale a pena chegar com ombros e joelhos cobertos para ter a chance de conhecer a maior mesquita do país, que chega a receber 25 mil fiéis muçulmanos nos dias de festival. E, depois de circular por essa extravagância arquitetônica que o imperador Shah Jahan ergueu no século 17. Suba ao alto do minarete para uma rara vista da cidade. Abre de 8h30/12h15 e de 13h45 até 30 minutos antes do pôr-do-sol.



JANTAR MANTAR - O observatório é um dos cinco construídos pelo marajá de Jaipur, Jai Singh II, e foi erguido em 1725. Impossível não se intrigar com os instrumentos que eram usados para observar corpos celestes e prever eclipses. Abre do nascer ao pôr-do-sol.


NATIONAL MUSEUM - A variada coleção do Museu Nacional inclui esculturas em madeira, bronze e terracota que datam até do século 3 a.C. Roupas tribais, pinturas, manuscritos e instrumentos musicais também podem ser observados em tours guiados. Abre de 10h30/17h (ter. a dom.).



QUTB MENAR - A torre erguida pelos muçulmanos para comemorar a vitória sobre o último império hindu, em 1193, é composta por pedras retiradas de 27 templos da religião do inimigo. Os detalhes arquitetônicos impressionam tanto na torre de 73 metros quanto nas ruínas da mesquita vizinha (Quwwat Ui Islam), a primeira do novo império. Abre de 9h/21h.



RED FORT - O Forte Vermelho (Lal Qila para os indianos) se destaca na paisagem da Délhi Antiga pelos seus 2 quilômetros de muralhas com pedras avermelhadas. Uma vez dentro desses paredões, você se sentirá aliviado do assédio dos guias em frente aos portões e mergulhará na principal herança arquitetônica do curto período em que o Império Mongol dominou a cidade. Shah Jahan, aquele que ergueu o Taj Mahal, comandou o início das obras, que duraram dez anos, a partir de 1638. Mas o imperador nunca conseguiu transferir para lá a capital, então baseada na cidade de Agra, porque foi deposto e aprisionado pelo próprio filho, Aurangzeb, único mongol a reinar por essas bandas. A Délhi Antiga tem um museu arqueológico, uma mesquita, antigas salas de banho e jardins. Sua história pode ser acompanhada em espetáculos de luz e som que acontecem, em inglês e hindi, várias vezes ao dia. Abre do nascer ao pôr-do-sol (ter. a dom.).


TUMBA DE HUMAYUN - Nesta rica obra da arquitetura indiana estão as cinzas do segundo imperador mongol, Humayun, que viveu no século 16, assim como as de sua esposa, Haji Begun, que foi quem idealizou essa construção freqüentemente associada ao Taj Mahal. Não deixe de observar a vista a partir do terraço. Abre do nascer ao pôr-do-sol.